sábado, 4 de outubro de 2014

18 de julho de 1859

A sala amarela
O pasto
Aqui e ali transitavam moscas
Media-se o céu com os olhos
E no chão as gotas de distância

Era verão
O ar se estendia qual mortalha sobre os campos
Fardas e homens voltavam aos seus lares
Comigo estava Cronos

No pasto
Por onde transitavam moscas
Comigo durante anos sustentando o céu
E no chão os passos doíam como anêmonas
Os chifres do gado recolhiam
As lágrimas da madrugada
Que ainda hoje desejam
As ondas

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